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  • 08/09/2020
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Igualdade de gênero: empresas igualitárias e justas para tod@s

O Objetivo 5 estipula que devemos alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas

Você já parou para pensar na igualdade de gênero dentro da sua empresa? Já observou a quantidade de mulheres e homens que trabalham com você, esse número é igualitário? Além disso, você gera oportunidades da mesma maneira para mulheres e homens? Esse pontos são importantes se sua empresa busca auxiliar e cumprir os objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

O Objetivo 5 estipula que devemos alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Entre suas metas estão: 

- Acabar com todas as formas de discriminação contra mulheres e meninas;

- Eliminar todas as formas de violência contra todas mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos; 

- Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública.

- Aumentar o uso de tecnologias de base, em particular as tecnologias de informação e comunicação, para promover o empoderamento das mulheres;

- Adotar e fortalecer políticas sólidas e legislação aplicável para a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas em todos os níveis.

Se você quer conhecer todas as metas desse objetivo e os demais ODS, clique aqui.

Alguns dados

De acordo com relatório do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa a 79ª posição no ranking mundial de desigualdade de gênero no mercado de trabalho. Neste ritmo, as brasileiras levarão 95 anos para atingir a igualdade. Outro dado alarmante é que apenas 9 em cada 100 mulheres chegam ao cargo de CEO. Nas empresas brasileiras, as mulheres ocupam 6% de todos os cargos executivos disponíveis. Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), enquanto mulheres brancas ganham 75% da renda de um homem branco, mulheres negras ganham apenas 40%.


Mas, afinal, o que sua empresa pode fazer?

O caminho não é rápido, mas é preciso iniciar o quanto antes. O primeiro você já deu: está em busca de informação sobre o assunto. E este caminho é o que deve ser seguido e executado: o da educação. Educar é o primeiro ato para uma sociedade mais justa e igualitária. É preciso tirar da cabeça das pessoas que os homens tem capacidade em certas áreas mais que as mulheres, ou que o fato da mulher engravidar, por exemplo, lhe tira vantagens competitivas. É preciso querer transformar a realidade. As escolas e universidades precisam promover o diálogo e desde cedo mostrar que igualdade é necessária. Abaixo listamos algumas dicas que você pode aplicar na sua empresa:

Crie grupos de incentivo: a cultura que homens se destacam mais em cargos de gestão está enraizada na criação das pessoas, então você criar grupos, rodas de conversas, para empoderar as mulheres, e mostrar aos homens que isso é não é verdade, é um passo importante para contribuir com o objetivo 5 dos ODS. Essas capacitações precisam ter como objetivo ampliar a concepção de liderança.

Valorize as mulheres: a imagem de que a mulher conquista altos padrões por seus atributos físicos ainda é uma realidade. Mesmo com dados que nos mostram que as mulheres possuem nível de escolaridade superior ao dos homens, ocupam a maioria das vagas das universidades (55,1%) e são maioria também na conclusão do curso (58,8%), segundo pesquisa realizada pelo IBGE. Quando o assunto é pós-graduação, representam 53,5% dos mestres do país. Ou seja, não falta qualificação. Além disso, é preciso promover salário igualitários. 

Mudança de lei: segundo uma pesquisa da Robert Half, empresa de recrutamento de São Paulo, feita com 1.775 companhias de 13 países, em 85% das empresas brasileiras, metade das mulheres deixa o emprego após o nascimento do filho. Ou seja, a maternidade ainda é uma das principais causas da saída da mulher do mercado de trabalho. E a lei brasileira contribui para esse cenário: legalmente, os pais têm direito a apenas cinco dias de licença-paternidade, enquanto as mães podem tirar até quatro meses de licença, o que já implica às mães a responsabilidade pela criação dos filhos. Algumas empresas, no entanto, estendem a licença-paternidade para 20 dias e a maternidade para seis meses. Ainda assim, a disparidade é grande. O ideal seria que a lei garantisse uma licença compartilhada, como acontece na Suécia, por exemplo. Lá, mães e pais podem dividir o tempo de licença, que é de 480 dias. Ambos são obrigados a tirar pelo menos 60 dias de folga, mas podem partilhar o restante como quiserem.

Ajude a mudar a cultura: essa mudança precisa vir de dentro de casa. Todos os moradores precisam colaborar para ter uma divisão correta das atividades. A visão que a mulher é a “dona de casa” é um dos pontos que contribuem para a desigualdade. 

A desigualdade é um problema antigo e que precisa de solução urgente! Você como empreendedor ou empreendedora tem uma função importante nessa desconstrução. É preciso trazer para pauta esse assunto e analisar cada atitude para ver se você está contribuindo para essa desconstrução. 


Fontes: ONU, Galileu, Blog Banco Santander

**** Este artigo conta com trechos da matéria produzida pela Revista Galileu. Se você quiser acessar a matéria completa clique aqui.